segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Jornalismo Online tem qualidade?

Ramon Mello

Você costuma ler o jornal impresso ou o jornal online?

Estima-se que em aproximadamente três anos, o jornalismo online deve alcançar 18% da audiência global de notícias, três vezes a estimada para revistas e jornais, as informações são de um estudo realizado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) e da Associação Mundial de Jornais (WAN, na sigla em inglês).A interatividade e convergência das mídias nos portais de notícias tem atraído, a cada dia, mais leitores para o universo virtual. No Globo Online, por exemplo, cerca de 50 mil pessoas (visitantes únicos) comentam por dia as reportagens publicadas.Mas diante de tanta correria para publicar uma enorme quantidade de notícias, a qualidade do que é produzido não diminui?

Para a gerente editoral do portal Click21, Adriana Lessa, a qualidade pode ser mantida, mesmo que publicadas com rapidez, se as matérias forem bem feitas e apuradas.“O jornalista (o editor) e o dono do veículo devem primar por essa qualidade. Mas a velocidade não é inimiga da qualidade: o rádio, por exemplo, e a TV são muito rápidos na transmissão da informação e, nem por isso, têm sua qualidade questionada (quando o jornalismo é bem feito, claro, pois veículos questionáveis existem em todas as mídias, não apenas na digital).”, afirma Adriana.

Mas para Miriam Abreu, editora do portal Comunique-se, espaço voltado para jornalistas e estudantes de comunicação, o jornalismo perde muito com a correria da Internet.

“Como o diferencial da Internet é justamente a publicação da notícia na hora, a qualidade fica comprometida. Quando temos uma notícia em primeira mão no ‘Comunique- se’, procuramos pensar primeiro na notícia, que deve ser completa e correta. Claro que dar os fatos na frente do concorrente é importante, mas se falta uma informação ou há algo não muito claro na matéria, preferimos não publicar sem antes tudo estiver confirmado.”, explica Miriam.

Contudo, o resultado de um encontro sobre jornais e Internet, realizado pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ), em São Paulo, apontou que os veículos impressos preservam a credibilidade quase como uma marca registrada. Ou seja, o maior desafio é como levar a credibilidade dos jornais para a web.

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