quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Internet na terceira idade

Veimires Lavôr

Cada vez mais a turma da terceira idade tem procurado estar conectada à rede para usufruir de todas as vantagens e benefícios do mundo virtual.

Os interesses são os mais diversos: manter-se atualizados e informados, fazer amigos pela rede, digitar um texto, comunicar-se com os filhos e parentes distantes, fazer pesquisas.

A aposentada Isaura Martins, 62 anos, aluna do curso de informática do Projeto Vida Ativa, da UniverCidade, conta que ingressou no curso pela necessidade de se atualizar, adquirir conhecimento e também para preencher mais seu tempo. “Depois que meus filhos casaram-se e saíram de casa, percebi que tinha ficado um pouco à toa e precisava fazer algo novo”, revela.

Isaura não esconde que teve dificuldades em dar os primeiros cliques no mouse e a manusear o teclado. "No início, tinha dificuldade de memorizar o conteúdo, mas depois de dois meses de curso, me sinto alfabetizada. Faço pesquisas e me comunico com meus filhos através de e-mails”, conta.

Há sete anos como professor do Projeto Vida Ativa, Luiz Carlos Vilela, explica que mais do que uma metodologia específica, a palavra-chave para ensinar as pessoas da terceira idade é paciência. ”É indispensável compreender que cada aluno tem o seu limite, sua velocidade, seu tempo”, acrescenta.

Segundo pesquisa realizada em todo o país pelo SESC, em parceria com a Fundação Perseu Abramo, apenas 4% dos idosos sabem acessar à internet. O estudo ouviu 3759 pessoas com idade acima de 60 anos, nas cinco regiões do país, e identificou que os idosos têm pouca familiaridade com as novas tecnologias, como o computador, e também que quase metade dos entrevistados (49%) são analfabetos funcionais, ou seja, sabem pouco mais que escrever o próprio nome.


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