quinta-feira, 20 de setembro de 2007

PAN, PARA-PAN, JUDO... OLÍMPIADA?


Gustavo Cordeiro

Recentemente o Rio de Janeiro foi palco de três competições internacionais: o Panamericano, o Para-panamericano e o Mundial de Judô. Durante as competições, a cidade foi protegida pela Guarda Nacional, que zelou pela segurança das arenas e locais de competição e rondou por todo o município, trazendo um sentimento de segurança para a população.

Efetivamente, o índice de criminalidade baixou significativamente durante as contendas, mas e depois? O Rio de Janeiro pretende ser sede dos Jogos Olimpícos 2016. Estará preparado para isso?
Durante o mundial de Judô (última das três e única com atletas de todo o globo) não houve nenhum incidente grave, mas apesar da aparente tranqüilidade, pode-se dizer que segurança não foi o forte do evento.
Houve o tradicional "jeitinho brasileiro de tirar vantagem em tudo": alguns voluntários se apoderaram de bolsas e camisas do evento, para vendê-los a turistas extrangeiros. Outros não faziam seu trabalho de portaria, deixando muitas pessoas entrarem em lugar indevido.
Com relação as áreas de acesso restrito, não era difícil chegar ao lounge dos atletas, na tribuna da imprensa e nem mesmo no restaurante das equipes.
Porém, segundo Ronaldo Veítia, técnico de Cuba, isso não representa risco, e completa: "todo tempo que eu estive por aqui, bastou acenar para que a Guarda prontamente me atendesse". Mesma opinião têm o técnico da Áustria, Udeo Quellmalz, bi-campeão olímpico. Segundo ele, credenciamento não representa segurança, pois se fosse para cometer um atentado, não seria a credencial que impediria . Nguyen Huu An, do Vietnan, acha tudo fantástico, mas faz uma resalva: "não era confortável para o atleta assistir aos jogos. Nós deveríamos ir para o terceiro andar, enquanto pessoas comuns ficavam próximas ao tatami, sem ter pago para isso...".
* nomes fictícios

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